A poeira é muito mais compacta do que os estudos anteriores mostraram.
Os núcleos galáticos ativos são os buracos negros ativos existentes no centro das galáxias grandes como a Via Láctea. A maioria dos buracos negros existentes no núcleo das grandes galáxias, assumem um comportamento discreto muitas vezes até inativo. No entanto existem também, buracos negros supermassivos que consomem grandes quantidades de material e como resultado há uma enorme quantidade de energia; esses buracos negros estão ativos e acabam se tornando núcleos galáticos.
Os modelos desenvolvidos em estudos anteriores sugerem que todos os núcleos galáticos possuem a mesma estrutura de poeira em forma de rosca. Este anel de poeira em torno da boca de um buraco negro é denominada toro.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas, utilizando o FORCAST (Faint Object infra red Camera Sofia Telescope - Telescópio estratosférico infravermelho Sofia), determinaram o tamanho, opacidade e Distribuição de poeira em cada torus de um conjunto de 11 buracos negros supermassivos (núcleos galáticos) localizados a 100 milhões de anos luz.
Segundo a equipe de cientistas, os tori são 30 por cento menores que o previsto e os comprimentos de onda infravermelha são mais longos do que o estimado anteriormente; o que se deduz desses dados é que a poeira que envolve os buracos negros é bem mais compacta do que se pensava.
Como o SOFIA (um 747 adaptado para levar o telescópio infravermelho) voa acima da camada de vapor de água, é possível caracterizar as propriedades das estruturas de poeira do toro em comprimentos de ondas de infravermelho distante. Esses comprimentos não podem ser captados por telescópios infravermelhos convencionais, justamente por serem absorvidos pelos vapores de água da atmosfera, antes de chegarem na superfície.
"Usando SOFIA, conseguimos obter as observações mais detalhadas espacialmente possíveis nesses comprimentos de onda, permitindo-nos fazer novas descobertas sobre a caracterização de tori ativo de pó de núcleos galácticos", disse Lindsay Fuller, estudante de pós-graduação da Universidade do Texas em San Antonio e Principal autor do artigo publicado.
Observações futuras serão necessárias para determinar se a emissão observada é mesmo originária do tori, ou se existe algum outro componente na emissão total dos núcleos galácticos ativos. .F
Com informações NASA