Os machos dessa espécie têm uma forma muito interessante de se alimentarem.
O nome faz jus a sua aparência! o Melanocetus johnsonii é um peixe assustador que parece que saiu de dentro do inferno. É comum nos oceanos do mundo inteiro e habita a profundidades elevadas chegando até a 5 km.
Na escuridão total, atrai suas presas por meio de uma falsa isca que pende logo acima de sua imensa boca; é como uma varinha de pescar que ao invés de uma minhoca, leva uma luzinha na ponta; trata-se de um orgão produtor de luz chamado fotóforo; a luz esverdeada produzida por esse órgão é resultante de reações químicas (bioluminescência) muito semelhante ao que ocorre com os conhecidos vaga-lumes. A boca do diabo negro é tão grande que ele pode abocanhar presas com quase o seu tamanho. A fêmea do Melanocetus chega aos 18 cm e o macho não passa de 3; além do tamanho, o macho é também diferente da fêmea na aparência; ao que parece, as "mulheres" dessa espécie são de longe muito mais feiosas que os "homens".
Quando o Melanocetus macho amadurece, seu sistema digestivo degenera e isso é um problema grave, pois se torna impossível que se alimente por conta própria. O que ele pode fazer? A solução neste caso é tão interessante quanto as outras particularidades dessa espécie. Para não morrer de fome, o macho tem que ir a procura de uma fêmea e ao achá-la, abocanha o seu abdômen, libera uma enzima que o cola ao corpo dela fundindo os vasos sanguíneos e então ele continua a viver como um parasita. Em uma fêmea é possível serem encontrados até 6 machos. O bom disso, para ela é que na época do acasalamento não há dificuldade em achar um parceiro.
Na desova, a fêmea deposita seus ovos que flutuam livres no mar até que eclodem em larvas minúsculas que vão para a superfície e se alimentam de plâncton. À medida que amadurecem, elas retornam para as profundezas. .F
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