Pesquisadores de Stanford encontraram várias maneiras de melhorar o processo, tornando-o economicamente viável.
A vastidão do oceano guarda mistérios, fauna ainda desconhecida e certamente riquezas que podem ser exploradas pelo homem; já se foi o tempo em que o petróleo era a única fonte de energia que poderia ser retirada do mar; hoje em dia já é possível, pelo menos teoricamente, retirar urânio também.
O oceano contém uma enorme quantidade de urânio que não requer escavação, pois ele está dissolvido na água; porém são necessários muitos litros de água do mar para extração de uma porção pequena do material. Isto não é um problema que impossibilite a idéia, quando se tem 1,37 bilhão de quilômetros cúbicos de água.
"Concentrações são minúsculas, da ordem de um único grão de sal dissolvido em um litro de água", disse o pesquisador da equipe Yi Cui da Universidade de Stanford. "Mas os oceanos são tão vastos que, se pudermos extrair esses traços com custo proporcional, o suprimento seria infinito", completa.
A Agência Internacional de Energia Atômica já prevê um aumento de até 68% na produção de energia nuclear nos próximos 15 anos, o que torna a descoberta de outros meios de obtenção muito importante. O urânio retirado da água do mar, além de ser uma nova opção aos que são obtidos em jazidas, causa menos danos ao meio ambiente, tornando a fonte de alimentação mais ambientalmente correta.
O processo teoricamente não chega a ser complexo; o urânio na água do mar, passa a formar um íon carregado positivamente que reage com o oxigênio, formando o composto uranil, que pode ser removido seletivamente da solução (água do mar). O único problema é tornar todo o processo economicamente viável.
Adicionando amoxidone a um par de eletrodos de carbono, os cientistas criaram uma camada de ligação que poderia ser atingida com pulsos alternados de baixa tensão, permitindo acumular, antes da saturação, pelo menos nove vezes a quantidade de uranil obtida anteriormente. Assim, foi possível coletar três vezes mais uranil em um período de 11 horas, mostrando uma melhoria não apenas na quantidade que poderia ser capturada em uma varredura, mas também na taxa geral de coleta.
É claro que embora seja uma energia limpa, bem diferente dos combustíveis fósseis, é necessário ter o controle total de seu uso, diminuindo assim o risco de acidentes nucleares; há ainda muito que aperfeiçoar para que esse tipo de energia passe a ser comumente utilizada. .F
Focou??? Fúlvio Garcia
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