Esse material tem enorme potencial para integrar os eletrônicos do futuro, painéis solares e até ser usado na medicina.
O grafeno não é um desconhecido no mundo da ciência. As propriedades dele já foram descritas por vários cientistas e realmente são incríveis: Além de ser um supercondutor de calor e eletricidade com um custo de resistência extremamente baixo, ele é 200 vezes mais forte que o aço, é transparente e maleável! É um material que causa surpresa a uma pessoa que não o conhece e faz ela suspeitar, nos primeiro momentos de observação, que se trata de uma peça que se soltou de alguma nave alienígena em visita à Terra! Porém pode ter certeza que esse interessante material não é de outro mundo e pode ser fabricado com uma certa facilidade e de forma barata! Pelo menos agora isso é possível!
No método antigo de produção do grafeno, eram utilizadas substâncias puras submetidas ao vácuo e a altas temperaturas que resultava numa forma cara e difícil de criar o material.
Cientistas australianos desenvolveram um método de produzir grafeno não apenas em condições normais de temperatura, mas utilizando um material bem comum: o óleo de cozinha!
“Este processo feito em ar ambiente é rápido, simples e seguro”, afirmou um dos pesquisadores, Zhao Jun Han, que trabalha na Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial (CSIRO). “Nossa tecnologia única deve reduzir o custo da produção de grafeno e melhorar suas aplicações”.
Essa nova técnica foi batizada GraphAir pela equipe de pesquisadores e consiste em aquecer o óleo de soja em um forno de tubo por 30 minutos; com a decomposição do óleo em blocos de carbono há a possibilidade de usa-lo na construção do grafeno.
O carbono ainda aquecido é resfriado em uma folha de níquel com espessura 80 mil vezes menor que a de um cabelo humano
Por enquanto o maior filme de grafeno construído teve o tamanho de um cartão de crédito, porém os cientistas estão tentando aumentá-lo de tamanho; mas não é somente o tamanho que os responsáveis pelo projeto pretendem aumentar; eles querem ampliar a produção e para isso estão à caça de investidores. Acho bom eles andarem depressa porque nos EUA, um outro grupo de cientistas da Universidade do Kansas já patenteou um técnica também simples que produz o grafeno a partir de hidrocarboneto gasoso e tal qual o método desenvolvido por seus colegas da Austrália, não é necessário fazer,
no vácuo,
todo o processo de produção. .F
Focou??? Fúlvio Garcia
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