O DRGN-1, como um antibiótico tópico, eliminou as bactérias nas feridas de camundongos infectados.
O mais perigoso habitante da ilha de Komodo (ilha da Indonésia com cerca de 390km² e 2000 habitantes) pode ser de grande ajuda no combate à infecções. O que pode parecer uma grande ironia está sendo constatado por uma equipe de cientistas da George Mason University na Virgínia que identificou um peptídeo no plasma do Varanus komodoensis ou mais popularmente, dragão de Komodo. Quem já ouviu falar nesse enorme lagarto, conhece a sua fama de ter uma das mordidas mais infecciosas do mundo animal. Mesmo que uma presa consiga fugir depois de receber um ataque, a morte é certa por septicemia, causada pelas bactérias presentes na sua saliva. Pois bem, quando a presa morre a quilômetros de distância, o Varanus segue o cheiro e come o animal já morto; porém quando o cheiro de carniça se espalha, vários dragões aparacem para o banquete e aí ocorrem as brigas por causa da comida e sempre e daí as mordidas são muito comuns. Os pesquisadores notaram que ao contrário do que ocorre com qualquer outro animal, os dragões mordidos por outros dragões não morrem nem ficam doentes.
Alguns estudos já haviam sido feitos antes com jacarés e crocodilos. Os pesquisadores conseguiram desenvolver uma versão sintética do VK25 que é um pepitideo encontrado no plasma do dragão de komodo.
A versão sintética desenvolvida pelos pesquisadores é a DRGN-1 que em testes apresentou promissoras propriedades antimicrobianas e anti-biofilme além de promover a cicatrização de feridas in vitro e in vivo. É provável que se ouça muito mais sobre o DRGN-1 no futuro, uma vez que as experiências recentes apenas testaram um terço dos patógenos conhecidos por infectar feridas. .F
Com informações do engadjet