Com o nome de uma machadinha usada pelos nativos norte americanos e colonos europeus, o Tomahawk é a arma preferida quando se quer bombardear o inimigo sem arriscar a vida do piloto.
A poucos dias os EUA dispararam cerca de 59 mísseis Tomahawks na base aérea síria de Shayrat em resposta ao uso covarde de armas químicas por parte do governo de Bashar al Assad. Os mísseis americanos atingiram abrigos de aviões, o armazenamento de combustíveis, bunkers de munições e vários outros alvos.
De acordo com a avaliação do comando norte americano, 58 dos 59 Tomahawks lançados, atingiram seus alvos com exatidão (sua margem de erro é de 6,5 metros). Apesar de não ser nenhuma novidade para quem acompanha as inovações da tecnologia militar, o BGM-109 Tomahawk Land-Attack Cruise Missiles (TLAM) ainda surpreende por ser uma arma precisa e versátil.
Logo no início, o Tomahawk foi projetado para ser disparado por veículos em terra e levar uma ogiva nuclear; porém com o tempo as plataformas de lançamento em terra foram substituídas por navios e submarinos; o armamento utilizado no Tomahawk variou, podendo também ser usada uma ogiva de 500 quilos de explosivo convencional.
Extreou no arsenal norte americano em 1983, provando sua eficácia nas guerras do Golfo em 1991, logo em seguida na Bósnia, nas campanhas afegãs e iraquianas, bem como contra alvos na Líbia e no Iêmen.
Na primeira fase de seu lançamento, o Tomahawk é impulsionado por um motor foguete (depois ejetado) que queima combustível sólido; na seqüência um motor turbofan é acionado, impulsionando o míssil a uma velocidade de 900 km/h até o alvo (fixo) que pode estar a mais de 2000 km de distância.
Além de voar abaixo da linha de varredura dos radares e copiar o terreno, evitando todos os possíveis obstáculos a frente e as defesas anti-aéreas do inimigo, o Tomahawk é equipado com outro sistema de orientação: o GPS; seus alvos podem também ser redefinidos durante o vôo, podendo diminuir a sua velocidade ou aumentá-la, para atrasar ou adiantar a chegada no destino. Toda tecnologia empregada no BGM-109 obviamente custa caro; uma unidade custa em média 1,3 milhão de dólares. É sem dúvida uma arma cara, que serve para destruir alvos e enfraquecer o moral do inimigo. Apesar de ser um míssil muito versátil e inteligente, seu emprego nunca pôs fim a um conflito (talvez se for usada nele uma ogiva nuclear essa realidade mude). Até o presente momento, o Tomahawk tem assumido o papel de iniciador de guerras. .F
Com informações Popular Mechanics