O Cern classificou a descoberta como “um viveiro de novos e notáveis resultados físicos”.
Em março de 2010 ocorria a primeira colisão de prótons dentro do LHC (Large Hadron Collider) o Grande Colisor de Hadrons, o maior acelerador de partículas e o de maior energia do mundo. Na época em que começou a sua atividade, muito se falou que ele seria o desencadeador do fim do mundo.
O LHC possui um anel de 27 quilômetros nos quais estão imãs supercondutores e estruturas aceleradoras construídas para aumentar a energia na câmara. Nesse enorme tubo ocorre a colisão, em velocidades próximas a da luz, de dois feixes de partículas de alta energia. A densidade de energia gerada neste impacto é tão alta que somente as partes constituintes básicos da matéria, as partículas fundamentais do Modelo Padrão da Física (os quarks e gluons) escapam da destruição; são essas partículas que interessam aos cientistas.
Na última semana os cientistas do LHC anunciaram a descoberta de um novo sistema de cinco partículas; são cinco novos estados que poderão ser estudados com um nível amplo de significância estatística. Cada uma das cinco partículas são estados excitados da Ômega-c-zero, uma partícula com três quarks. Esses estados de partículas são denominados, de acordo com a convenção padrão, Ωc(3000)º, Ωc(3050)º, Ωc(3066)º, Ωc(3090)º e Ωc(3119)º.
Os próximos passos desta descoberta estão relacionados aos números quânticos das novas partículas e também o seu significado teórico. Esse estudo facilitará o entendimento da relação que existe entre os quarks e os estados multi-quark que certamente terá grande significado na compreensão do universo e da teoria quântica em geral. .F