“Toda bruxaria provém da luxúria carnal, que, nas mulheres, é insaciável” (Malleus Maleficarum).
O nome completo do tão famoso livro é Malleus Maleficarum Maleficat & earum haeresim, ut framea potentissima conterens, mas pode ser chamado apenas de Martelo das bruxas. Esse livro foi criado a pedido do papa Inocêncio VIII, para que fosse um manual contra os praticantes de heresias. A palavra heresia nesse caso era toda e qualquer prática contrária aos ensinamentos da Igreja Católica, principalmente, é óbvio, a bruxaria que estava espalhada por toda a Europa e também misturada aos costumes pagãos de tribos bárbaras; enfim, para quem diz que bruxaria não existia na Idade Média, dentro da Europa e até mesmo em países mais a leste, está falando bobagem. Foi nesse contexto de práticas pagãs invadindo a cristandade que os padres Heinrich Kraemer (também conhecido por Heinrich Institoris) e James Sprenger, na Alemanha, redigiram o tal manual. A primeira parte descreve as artimanhas do diabo, como ele age, suas características e suas ligações com seus adoradores por meio da prática da bruxaria; a segunda parte ensina como lidar com as investidas do demônio; a terceira e última parte é reservada às orientações a respeito de como cumprir as sentenças e como proceder nos julgamentos e interrogatórios.
É justamente na primeira parte do manual que estão descritas as práticas diabólicas das bruxas que mantiam fornicação com demônios, realizavam abortos, e também pactos com os moradores do inferno.
Entre essas práticas bizarras atribuídas às bruxas, havia uma que sem dúvida alguma ganhava de todas: o roubo do pênis.
De acordo com o manual, depois que as bruxas faziam o pacto com o demônio, elas conseguiam fazer uma mágica para, imaginem só, desaparecer o pênis de um homem. O detalhe é que o pênis passava a ser da bruxa que o criava como um animalzinho de estimação. Segundo o Malleus, os falos roubados eram alimentados com aveia. Os homens do século XV deviam morrer de medo de uma bruxa e com toda razão! Segundo o tratado, havia ainda uma tal árvore de pênis (talvez no quintal da bruxa, quem sabe?) da qual nasciam pênis em vez de frutos. .F
Com informações History
Focou??? Fúlvio Garcia