Olimpíadas - Boxe

O Boxe ou Pugilato, se tornou competição olímpica desde a 23ª Olimpíada da antiguidade em 688 a.C. Nessa época, a modalidade não tinha quase nenhuma regra e os confrontos eram bastante violentos; os lutadores envolviam suas mãos com faixas de couro e a luta parava somente quando um dos competidores estava inconsciente ou morto; a opção de abandonar a porrada existia; era preciso, apenas, fazer o sinal de desistência levantando o dedo para cima.

O conceito do Pugilato já existia em outras civilizações em períodos mais remotos da antiguidade; há registros arqueológicos que sugerem uma luta com os punhos no Egito mais ou menos em 3000 a.C. 

Em Roma, seguindo o estilo mortal das lutas entre gladiadores, o vencedor era aquele que conseguia matar o adversário; as luvas usadas pelos lutadores eram preenchidas com metal; isso conferia maior potência  e muito estrago em quem recebia os golpes

No sec. XVIII o boxe surgiu na Inglaterra sendo que os primeiros confrontos eram com as mãos desprotegidas e um número indefinido de assaltos; o resultado no final das lutas brutais eram ferimentos graves e até  morte. Por esse motivo, o Boxe era proibido; a polícia combatia duramente aquela luta violenta e muito mal vista pela sociedade e muitas vezes as competições, sempre clandestinas, eram interrompidas por uma batida policial. Diante da pressão social e dura fiscalização da polícia, muitos achavam que o Boxe e seus lutadores estavam com os dias contados, até que John Grahan Chambers e John Douglas, o 9º marquês de Queensberry, criaram novas regras que diminuiram os acidentes e assim, conquistaram a confiança da sociedade e também das autoridades. Na verdade, quem formulou as 12 regras foi Chambers, porém o marquês emprestou seu nome que tinha alguma influência na época.

Na era moderna, o Boxe teve sua estréia nas Olimpíadas, em 1904 em St. Louis (EUA) com sete categorias de peso e novas regras que tornaram a disputa menos violenta e muito mais segura. Aos poucos, a cada edição das olimpíadas, novas regras e aperfeiçoamentos foram sendo adaptados

Regras de Queensbarry

1. Todas a lutas deverão acontecer em um ringue de luta apropriado.
2. A luta deverá ter um número de assaltos pré-determinados antes de seu início e um árbtitro deverá ser escolhido para mediar o combate.
3. Cada assalto deverá ter 3 minutos de duração, com um intervalo de descanso de 1 minuto entre eles.
4. Caso um pugilista seja derrubado, será aberto uma contagem de 10 segundos, para que ele possa se reerguer, sem nenhum auxílio de outra pessoa. Enquanto isso, o outro pugilista deverá aguardar em seu canto, até que seu adversário esteja novamente de pé e apto a continuar o combate. Caso o pugilista caído não consiga se levantar dentro dos 10 segundos, caberá ao árbitro encerrar a luta e dar a vitória ao pugilista que aplicou o nocaute.
5. Um pugilista apoiado nas cordas, sem conseguir se defender dos golpes de seu adversário, deverá ser considerado sem condições de prosseguir no combate.
6. Não será permitida a entrada de pessoas estranhas no interior do ringue, durante o andamento da luta.
7. Caso seja necessário interromper a luta por motivos alheios ao combate, caberá ao árbitro indicar um novo local e data para se realizar o restante da luta, a menos que ambos os pugilistas concordem com um resultado de empate.
8. Os pugilistas deverão usar luvas de boxe, novas e de boa qualidade.
9. Caso um dos pugilistas fique sem sua luva, seja porque ela foi danificada, seja porque ela saiu de sua mão, o combate deverá ser interrompido pelo árbitro, que somente deverá reiniciar a luta após averiguar a devida resolução do problema.
10. Um pugilista de joelhos é considerado um pugilista caído, não podendo mais ser golpeado pelo outro.
11. As sapatilhas não podem possuir bicos metálicos ou objetos que possam ferir o adversário.
12. Terminada a luta, caso um pugilista deixe o ringue sem a autorização do árbitro, antes do anúncio oficial do resultado, ele será desqualificado.

Focou ???

Fúlvio Garcia