Na última quarta (dia 3) o Brasil sofreu uma invasão que já estava em curso em outras partes do mundo. Trata-se da invasão dos monstrinhos Pokémon. Muitos já esperavam a chegada deles por aqui. O clima é de euforia pelo menos por parte dos fans que não param de postar o acontecimento nas redes sociais.
Para quem não sabe, o Pokemon (abreviação da marca japonesa Pocket Monsters em Japonês Poketto Monsutã) são monstrinhos fictícios, criados em 1996 por Satoshi Taijiri, que são capturados e treinados pelos humanos, para lutarem entre sim; é um tipo de briga de galos em que no lugar do galo está o Pokemon. Mas se esses monstrinhos brigões já existem a mais de 10 anos por que só agora eles invadiram o Brasil?
Na verdade, nessa história, quem invadiu mesmo a terra verde e amarela na última quarta, foi o jogo de realidade aumentada Pokemon Go voltado para smartfones. A realidade aumentada é a junção de informações virtuais com a realidade do mundo, por meio da captura da imagem pela câmera e apresentação dos dois (informação virtual mais realidade) na tela do smartfone. No caso do jogo Pokemon Go, ele usa os dados do Google maps, para espalhar os monstrinhos por todos os lugares a sua volta e você tem que encontrá-los e capturá-los. Para ficar mais interessante, os Pokemons não são todos iguais; uns são mais difíceis de capturar do que outros; as criaturinhas aparecem também de acordo com as condições geográficas; assim, se você estiver próximo de rios, lagos ou praias, aparecerão Pokémons aquáticos.
PokéStops
Os pontos comerciais ou urbanos da sua cidade são os locais onde você (virtualmente) pode coletar itens como pokébolas e incensos (que atraem os Pokémons). Neste momento você deve estar se perguntando: Como é que o jogo sabe que os pontos comerciais ou urbanos são... pontos comerciais ou urbanos? Pois bem, antes de você começar o jogo, tem que autorizar o compartilhamento de informações; ou seja, enquanto você caça as criaturinhas virtuais, ocorre um rastreamento que descobre a sua posição. Portanto, quem quiser jogar o Pokémon Go terá que compartilhar dados; sem GPS e câmera por exemplo, não tem como caçar os monstrinhos.
A grande invasão dessa história toda, na verdade não é a das criaturinhas japas em solo brasileiro, mas da privacidade de quem opta por jogar Pokémon Go. O compartilhamento de dados já existe a algum tempo. Uma das justificativas é que o conjunto desses dados podem ser usados para exibir publicidade segmentada de acordo com o perfil do usuário ou então para pesquisas ou análises demográficas por exemplo; no caso do Pokémon Go, os dados referentes à localização do usuário é necessária, mas e as outras? É importante ter cuidado, pois essas informações podem ser capturadas por Hackers.
Focou ???
Fúlvio Garcia