Atualmente o esquema de transporte pneumático é ainda usado em alguns hospitais e fábricas, levando medicamentos e peças.
E se enviássemos cartas ou objetos de um lugar para outro sem precisar de correio? Pois bem, saiba que esta tecnologia existiu no passado! No ano de 1810 um engenheiro britânico chamado George Medhurst que já fazia vários experimentos com ar comprimido, patenteou uma bomba de vento e logo em seguida um motor eólico totalmente explicado num panfleto de sua autoria, que detalhava entre outras coisas a potência e as aplicações possíveis. Dentre essas aplicações está uma linha de trem que seria propelida unicamente por ar comprimido. Para a época essa idéia era fantasticamente futurista e para muitos audaciosa até demais! Da teoria para a prática, o invento consistia em uma cápsula de 2m com um peso estimado de 3 toneladas; o motor da máquina era a vapor que gerava vento para impulsionar a cápsula não tripulada. Devido a problemas técnicos com o revolucionário sistema, o empreendimento de Medhurst acabou falindo em 1874, vindo a renascer com proporções muito mais humildes (do tamanho de uma lata um pouco maior que de cerveja) já no final do sec. XIX.
Em cidades como Londres e Nova York, foram construídas várias "linhas" com tubos, dentro dos quais as latinhas se deslocavam impulsionadas pelo sopro do ar comprimido. Imaginem as várias áreas dessas cidades, repartições públicas e empresas interligadas com tubos por onde trafegavam as latinhas que levavam cartas, documentos, pequenos objetos etc.
O tempo demonstrou que o sistema desenvolvido por Medhurst era limitado quanto a distância e exigia uma rede que se tornaria gigantesca se fosse ampliada; além disso a complexidade do sistema e o gasto de energia que os motores precisavam para gerar o ar comprimido necessário para movimentar as latinhas pelo tubo, eram altos. Com essa série de empecilhos técnicos e o surgimento de novos meios de troca de informações (o e-mail é um deles) o transporte pneumático virou coisa do passado nos anos 80. .F
Focou??? Fúlvio Garcia