Os pesquisadores identificam diferentes "tipos" de Alzheimer baseados em agregados de proteína no cérebro
Um novo estudo, conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, descobriu que é possível detectar diferentes tipos de Alzheimer, por meio de uma proteína específica existente no cérebro. Os doentes de Alzheimer podem apresentar um dos três tipos da doença: Alzheimer Típico, Atrofia Cortical posterior e Alzheimer Rapidamente Progressivo.
Como os sintomas do mal de Alzheimer variam de indivíduo para indivíduo, houve sempre a suspeita por parte dos pesquisadores de que não se tratava de uma doença única. As implicações dessa nova descoberta estão relacionadas com as formas de tratamento que serão empregadas e com os futuros ensaios clínicos que podem ser úteis para o estudo de grupos específicos separadamente; ou seja, a precisão no tratamento será consideravelmente ampliada de agora em diante.
Estudos anteriores, sugeriram que esses subtipos poderiam ser revelados por meio de como os peptídeos beta amilóide se auto-reúnem (nos cérebros de doentes de Alzheimer) em fibras de proteína conhecidas como fibrilas.
Agora, uma equipe de pesquisadores que trabalham com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) nos EUA e outras agências descobriram que essas fibrilas - "aglomerados de proteína" - de fato, se correlacionam com os diferentes subtipos da doença.
Para chegar a essa conclusão, a equipe - liderada por Robert Tycko, do NIH - analisou as fibrilas dentro de 37 diferentes amostras de tecido de 18 indivíduos, portadores de Alzheimer.
A equipe descobriu que as fibrilas alojadas dentro das amostras de tecido tinham uma estrutura específica para aqueles com Alzheimer típico e atrofia cortical posterior, o que significa que a presença dessas estruturas poderiam ser um indicador desses dois tipos.
Aqueles que sofrem da forma rapidamente progressiva da doença, por outro lado, tinha uma multiplicidade de estruturas fibrilares, tornando-se muito mais difícil de identificar, porque não havia uma estrutura específica pertencente a ela.
Esta descoberta ajudará sem dúvida a identificação dos subtipos da doença, tornando os tratamentos e práticas de diagnóstico mais especializados e com isso uma melhor perspectiva de controle da doença..F
Focou??? Fúlvio Garcia
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