Estima-se que os biofilmes são responsáveis por mais de 80 por cento de todas as infecções microbianas no corpo
Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, descobriu que bactérias constituintes de biofilmes podem transmitir sinais elétricos que servem para atrair outras espécies bacterianas para fazer parte da "comunidade" já formada.
No biofilme pode haver uma ou mais espécies de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras, além de conter outros elementos celulares. A diversidade de espécies de bactérias pode depender do tempo, duração e localização do biofilme.
Uma das grandes vantagens biológicas para os microrganismos em se organizarem em biofilmes é o fato de que a matriz de polissacarídeo formada, oferece proteção às bactérias dificultando a penetração de agentes germicidas, tanto antibióticos como germicidas químicos. Além dessa barreira protetora, há também a melhor captação de elementos necessários à sobrevivência, já que a morfologia desses biofilmes são estruturados de forma que facilite a circulação de água, oxigênio e nutrientes
Os íons de potássio se deslocam através de todo o biofilme (como uma mensagem). Assim há um anúncio elétrico para que outras bactérias fortaleçam a "comunidade". Os íons de potássio são essenciais para todas as células; eles permitem que as espécies se comuniquem através de divisões evolutivas e criem comunidades misturadas.
Os cientistas dizem que esta pesquisa poderá desvendar segredos ocultos sobre a forma como o microbioma intestinal funciona dentro dos seres humanos e como ele é auto-regulado com sinais elétricos. As células intestinais bacterianas e humanas podem até estar trabalhando juntas.
"Este trabalho é surpreendente pois remodela o que sabíamos sobre interações bacterianas e formação de biofilme" disse Helen Blackwell da Universidade de Wisconsin-Madison. "Mostra-nos de uma maneira simples e genérica como muitas bactérias diferentes interagem por meio de sinais elétricos completos." .F
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