Mulher totalmente paralisada tem a chance de se comunicar novamente com o mundo
A interface entre o corpo humano e a máquina é cada vez mais uma realidade; o uso da robótica em corpos mutilados ou vítimas de alguma doença grave, certamente melhorará a qualidade de vida de pessoas que possuem algum tipo de deficiência.
Um implante cerebral desenvolvido por pesquisadores da University Medical Center na cidade de Utrecht na Holanda, é um exemplo do quanto esses projetos futurísticos são importantes para pessoas que tiveram suas liberdades tolhidas por doenças, acidentes ou até mesmo por problemas congênitos.
O dispositivo desenvolvido pela universidade holandesa, capta sinais da atividade cerebral por meio de eletrodos implantados na superfície do cérebro, logo abaixo do crânio, enviando-os por meio de um fio para um dispositivo implantado abaixo da pele do tórax (parecido com um marca passo) que os transmite rapidamente (sem fio) para um computador com um software que converte os sinais em comandos que são repassados a um membro robótico ou qualquer aparelho eletrônico como uma televisão, celular etc.
A equipe de pesquisadores selecionou uma voluntária de 58 anos diagnosticada com esclerose amiotrófica em 2008; devido a evolução da doença, ela já havia perdido a capacidade de respirar, sendo necessário a utilização de um ventilador. Eletrodos foram implantados na região do cérebro da paciente que depois de uma série de treinamentos, aprendeu a controlar o dispositivo. Ela foi capaz de gerar sinal desde o primeiro momento e seis meses depois, alcançou a precisão de 95 por cento. Como o sistema é bastante simplificado, se torna limitado a algumas poucas funções de baixa complexidade. Os próximos voluntários terão um software melhorado que facilitará o aprendizado mais rápido, além de serem capaz de completar palavras, ligar e desligar interruptores e até controlar uma cadeira de rodas. .F
Focou??? Fúlvio Garcia