A Colistina ou Polimixina não é uma novidade no mundo dos antibióticos, mas é o mais potente que que se conhece atualmente. Foi descoberto a muito tempo (1949), extraída do Bacillus Colistinus e teve sua aplicação em seres humanos abandonada entre 1990 e 2010 por causar danos renais e nervosos ficando apenas no uso veterinário; porém quando apareceram as bactérias multi resistentes, se demonstrou uma excelente opção de controle de infecções urinárias, osseas, pulmonares, infecções nos tecidos e articulações.
Em 2015 as autoridades de saúde pública na China se surpreenderam com o aparecimento de uma super bactéria. A falta de algo mais poderoso no combate à tal tipo de infecção levou alguns a decretar o fim da era dos antibióticos. O pior de tudo é que segundo as projeções já realizadas, haverá um aumento gradual chegando a ter 10 milhões de pessoas mortas por ano até 2050.
Além do chinês, houve também um caso nos EUA; a super-bactéria foi encontrada na urina de uma mulher de 49 anos. Trata-se da E. Coli com uma super resistência aos antibióticos e até à Colistina; afirma o Departamento de Defesa Norte Americano.
A bactéria possue 16 genes que atrapalham a ação dos remédios, sendo que dentre eles destaca-se o mcr-1 que confere a ela, resistência aos antibióticos conhecidos e além disso pode ser absorvido por contato de um micro organismo para o outro. Desta forma, há o risco de em pouco tempo não haver mais antibióticos que controlem infecções por bactérias.
A Colistina de uso veterinário para curar infecções nos animais e aumentar seu peso, é possivelmente a origem do problema, já que as bactérias se tornam resistentes antes mesmo de poder atingir os seres humanos. Com a Colistina sem ação eficaz contra às cepas de bactérias resistentes como por exemplo pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter, Enterobacteriaceae, há a previsão que o tratamento das mais simples infecções se tornem um desafio para os médicos e que a forma de cura como conhecemos esteja com os dias contados; uma das soluções propostas pelo estudo encomendado pelo governo britânico está em campanhas de concientização, em melhorar a qualidade da água, reduzir o uso desnecessário de antibióticos na agricultura, criar um fundo de inovação global para pesquisa em fase inicial, incentivos financeiros para novas pesquisas, campanhas de vacinação e outras alternativas que evitem o uso abusivo de antibióticos ... ou seja, não há uma maneira direta de contornar o problema; tudo o que se pode fazer no momento é prevenir.
Focou???
Fúlvio Garcia