Em tempos de grandes estreias no mundo tecnológico como a possibilidade de acesso aos dados por smart fone e outras comodidades mais, que quase todos os dias pipocam nas lojas e também na internet, vemos surgir de um lado os esportes radicais com a sua promessa de grandes emoções provocadas pela liberação de adrenalina e da vaidade de se estar convencido que se pertence a um grupo diferenciado de pessoas; do outro, a união de lutas numa competição sangrenta onde além de muito sangue e hematomas (muitas vezes fraturas) murros, ponta pés, suor, tatuagens e cara feia, a necessidade de preparo físico e mental, bem como o refinamento das técnicas são extremamente necessários não somente na conquista da vitória como para a alegria de um tipo específico de público que ao contrário do novíssimo estilo de luta é antigo e ávido em ver a pancadaria rolar solta em qualquer lugar (nos tempos atuais no octógono). Como esse mundo de tecnologias e novidades não para, nem por um segundo, uma armadura super tecnológica do tipo da que é usada pelo homem de ferro, bem que poderia ser inventada não é mesmo? Pois bem, se você está achando que seria muito divertido vestir um modelito como o que o Tony Stark veste, em breve poderá ver este sonho se tornar realidade, pelo menos em parte.
Uma companhia australiana, a Unified Weapons está desenvolvendo uma armadura de alta resistência composta de materiais leves, resistentes e flexíveis. Interessante não? Porém quem está pensando que ela voa e que da a quem a veste super força, enfim poderes especiais, está seriamente enganado. Composta de 52 sensores de pressão que envia dados (via Wi-Fi e Bluetooth) para um computador externo esta "Super" armadura não tem a mesma função e é menos genial que a armadura do Homem de Ferro; ela deverá ser usada em treinamentos de artes marciais que utilizam armas. Ou seja, o que os idealizadores da Lórica (o nome da armadura) pretendem é tornar possível que dois lutadores de esgrima por exemplo, lutem para valer tal como os lutadores de MMA fazem. Com essa armadura é possível, literalmente,sentar o pau na cabeça do oponente; os sensores que estão espalhados pela superfície da super vestimenta, captam o golpe e transmitem para um computador que mede a intensidade e indica se foi fatal ou apenas lesão pequena, média ou grave.
David Pysden o CEO da Unified Weapons comenta o resultado: “Nós ouvimos de centenas e centenas de pessoas que vêm praticando artes baseadas em armas há 20 ou 30 anos que não tinham uma forma de testar realmente suas habilidades sem, no mínimo, ferir gravemente alguém”
Talvez esteja surgindo agora uma nova era de lutas de competição, em que seja possível a utilização de armas de verdade sem qualquer risco à saúde do atleta. É mais uma estreia para os tempos em que novidade é o que não falta.
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A Lorica é na verdade o nome da armadura utilizada pelos legionários do Império romano. Esta a direita era o padrão usado nas batalhas (Lorica segmentata). Era feita de chapas de metal que protegiam as partes importantes do corpo e permitia ao mesmo tempo o livre movimento do tronco e dos braços.
Focou???
Fúlvio Garcia