A aterrissagem lenta foi o último comando dado à sonda espacial Rosetta antes do término da missão
Após uma missão que durou mais de 10 anos, a sonda espacial Rosetta, lançada pela Agência Espacial Européia fez uma aterrissagem forçada no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, um cometa de 4km de largura que se encontra atualmente a 573 milhões de quilômetros do Sol.
Foram mais de dois anos de missão (a sonda alcançou o 67p em 2014) em que a Rosetta capturou mais de 100 mil imagens, fez várias leituras com seus instrumentos de última tecnologia, circundou o corpo estelar e até lançou um pequeno módulo na superfície do 67p com o intuito de pesquisar a sua estrutura e composição química (fato inédito em toda história das missões espaciais).
Objetivo da missão
Qual o importância que um pedregulho, que viaja pelo sistema solar, tem para nós aqui na Terra, a tal ponto que um projeto milionário de uma sonda, seja feito? Os cientistas partem da hipótese que os cometas sejam fragmentos intactos presentes na formação do Sistema Solar. Sendo assim, possuem inúmeras informações sobre o evento que originou o Sol, os planetas e claro a Terra. Graças aos dados enviados por Rosetta, os cientistas terão anos de trabalho e pesquisa pela frente; é como se a missão não tivesse terminado.
No dia 29 de Setembro (quarta feira) os controladores da missão redefiniram o rumo da nave e a colocaram em rota de colisão (lenta, menos de um metro por segundo) com 67p. A sonda não foi feita para aterrissagens e pode ter tido algumas avarias ao tocar a superfície do cometa. Rosetta é alimentada com energia solar e por ter descido em uma parte pouco iluminada, não terá como recarregar suficientemente as suas baterias.
Para Patrick Martin, diretor da ESA, a Sonda Espacial Rosetta cumpriu muito bem a sua missão, "fazendo ciência espacial de primeira linha". .F
Focou??? Fúlvio Garcia