Dragon, a nave cargueira da Space X.
Uma missão científica multi tarefas foi lançada no inicio do último mês pela Space X. A nave espacial utilizada desta vez foi a veterana Dragon, que voou em 2014 como parte da missão CRS-4 da Space X.
A Dragon foi restaurada e equipada com um novo escudo térmico; foram necessários 2 dias até que a nave se encontrasse com a ISS (estação espacial internacional) no dia 5 de junho. Depois que atracou, foram descarregados quase duas toneladas de carga pressurizada e 1.500 toneladas em carga não pressurizada.
Entre a carga transportada estavam 6 caixas contendo 4.000 ovos de moscas da fruta e também 400 indivíduos adultos, além de 40 camundongos.
Os insetos fazem parte da investigação Fruit Fly Lab-02 que tenta entender melhor o papel que a microgravidade desempenha na função cardíaca. Tudo o que os cientistas querem saber é como os corações das moscas da fruta funcionam no espaço. Mas por que fazer esse estudo justamente com moscas da fruta?
"Uma das razões é que as moscas da fruta compartilham cerca de 75% dos genes que causam doenças nos seres humanos", explicou a pesquisadora Karen Ocorr.
Mas não pense que as moscas ficarão por lá; elas retornarão e passarão o resto de suas vidas aqui na Terra (o tempo de vida de uma mosca da fruta é de 4 semanas). A prole das moscas também está sendo estudada para ver como a exposição à microgravidade afeta as gerações futuras.
Os camundongos fazem parte da pesquisa 5, em que está sendo investigado como a proteína produzida (naturalmente) pelo corpo humano, a NELL-1 auxilia o crescimento ósseo. Trata-se de uma pesquisa voltada para as influências da gravidade zero na perda óssea. Os astronautas no espaço sofrem intensamente de osteoporose.
Tanto o grupo de camundongos que foi para a estação espacial como os que estão aqui na Terra, receberam dosses de NELL-1 a cada duas semanas. Depois da segunda rodada de tratamento, 10 camundongos escolhidos aleatoriamente retornaram à Terra.
Além dos insetos e roedores a Dragon levou também um equipamento para a primeira investigação feita no espaço sobre estrelas de nêutrons de rotação rápida (chamada de pulsares) e um painel solar flexível.
Girando centenas de vezes por segundo, os pulsares emitem feixes brilhantes de luz de raios X através do cosmos como faróis gigantes. Essas emissões de raios X não penetram na atmosfera da Terra e só podem ser estudadas pelo Explorador de Composição Interior de Estrela de Nêutrons (NICER) que está medindo o tempo preciso dos pulsos a partir do exterior da estação espacial.
Os cientistas esperam usar, um dia, os dados da NICER para criar um GPS galáctico, permitindo que futuras espaçonaves e exploradores naveguem no cosmos.
O painel solar flexível chamado Roll-Out Array (ROSA) foi instalado no exterior da estação e está sendo submetido a testes.
Os criadores da ROSA acreditam que o design leve da matriz irá caber em uma variedade de missões e usos, tornando a futura nave espacial mais barata. Se o projeto se sustentar, os modelos prevêem que esta tecnologia podem reduzir o custo das matrizes solares em até 25% . .F
Com informações Science Alert
Focou??? Fúlvio Garcia
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